FAQ da Marcha das Mulheres Negras.
- Daniela Mendes
- 28 de nov.
- 2 min de leitura
Aqui, fotos das mulheres do Comitê Impulsionador de São João del-Rei e tudo o que você sempre quis saber sobre a Marcha das Mulheres Negras.
O que que houve???
Centenas de caravanas formaram um mosaico de grupos e entidades ligadas ao feminismo negro de todo Brasil nesta terça-feira (25) em Brasília. Foram cerca de 300 mil manifestantes na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver, rumo à Esplanada dos Ministérios.
A Linha Nigra Coletiva e outras representantes de grupos de São João Del-Rei, Coronel Xavier Chaves, Santa Rita do Sapucaí, Lavras, São Tomé das Letras, Machado e Pouso Alegre formaram o grupo que esta Revista teve o imenso prazer de acompanhar.
Nosso ônibus partiu cheio de um tipo especial de alegria que vem da esperança. Saímos da Igreja do Dom Bosco às 16h do dia 24 e chegamos ao Museu da República às 10h do dia seguinte. Cansadas? Jamais! O entrosamento entre os grupos foi imediato e tornou suave os 829km. Mistério atribuído à ancestralidade compartilhada com o desejo de tomar as rédeas do futuro do país.
A iniciativa teve o apoio do PSOL e outras entidades de classe. São eles: ADUFSJ, Sessão sindical do ANDES, SINDS, SIND-UTE, SINDCOMERCIÁRIOS, SINTRAS, Sindicato dos Metalúrgicos e Marcha Mundial das Mulheres.
Mas gente, como assim? Quem chamou?
Quilombolas, ribeirinhas, mulheres negras do campo, urbanas, periféricas, acadêmicas, artistas, trabalhadoras, meninas, mães, jovens e anciãs que se uniram pelo poder das redes e resistência ancestral organizadas por um Comitê Impulsor Nacional, formado por articulações, e fóruns nacionais e regionais.
Estes grupos se articularam em todos os 27 estados do país por meio de Comitês Impulsores Estaduais, Municipais e Regionais, mobilizados por mulheres negras, tanto integrantes de organizações, grupos comunitários quanto ativistas independentes.
E ainda tem os comitês temáticos LBTI, Tecnologia, Quilombola, Justiça Climática, Psicólogas Negras, Juventudes negras, Justiça Reprodutiva, Comitê Antiproibicionista, Sagradas Mulheres Águas, Evangélicas e Protestantes, Ecossistema de Comunicação, Mulheres Negras com Deficiência e de Enfrentamento à Violência de Raça e Gênero.
Perdi, quando será a próxima?
Ainda não foi divulgado. Mas podemos contar que a primeira foi em 2015 e teve mais de 100 mil mulheres negras do Brasil pelo Bem Viver. Naquele momento, a organização impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina. Esse ano, a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver é a 2ª Marcha Nacional (de caráter internacional) das Mulheres Negras.
Como faz para participar?
Primeiro, entenda que não é um evento apenas, mas uma construção política. No caso da região do Campo das Vertentes, entrar em contato com o Comitê Impulsor, somar à organização local, participar das ações rumo à Marcha e ficar atenta às redes e relatórios oficiais. Afinal, a Marcha é constante e elas ainda estão marchando.























































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